Por onde ela passa...

Por quem ela passa, ela faz um estrago. Vai ser sempre assim, vai ser assim eternamente. Claro, ela sofre, mas ela é forte, ela é muito forte! E ela cativa, domina. Entra pra nunca mais sair... boa sorte, garota!

E o tempo... o tempo é Rei! Ele não é solução. Eu nem acredito nele, mas creio que ele seja capaz de resolver muita coisa. Mas, por vezes, ele só faz crescer, seja o bem ou o mau, seja o amor ou a dor. E isso vai me consumindo aos poucos. E a percepção que tenho disso é estranha. Passa de quando em vez pela consciência que isso ainda me consome. E aí eu corro...

Agora, em análise fria, percebo que a técnica é a mesma. E aí eu só quero apagar tudo o que escrevi, toda a pena que senti, toda a vontade que tive... é... eu continuo assim, confuso!

Nessas horas lembro de outras pessoas. Fiz algo. Conheci alguém. DEMAIS! Sensacional! Claro, me ferrei. E aí descobri uma coisa que pode mudar tudo. Ahh, como puderam colocar isso na minha mão? E aí eu penso: qual a atitude mais correta? Abrir-lhe os olhos? Torcer para que ela se estrepe? Oxe, nenhuma dessas. Isso não é da minha conta. Tchau e bença! Seja lá como for, que se sinta feliz!

Mas não é assim que funciona, não é 'tchau e bença'. Eu não consigo tirar pessoas importantes da minha vida. Elas se vão, mas ficam. Pois aí é que está a resposta de tudo: o tempo e a distância são relativos. Algumas coisas são atemporais e imensuráveis. E essas coisas são inconscientes, crescem ao mesmo tempo em lugares diferentes, em pessoas distintas... e só crescem! Crescem também sozinhas, e só crescem!

Será que um dia serei corajoso o suficiente para dar nomes às pessoas e aos sentimentos que exponho. Não sei. Só sei que ainda não sou. Decepcionante, não é?