Não consigo dormir. Quando encosto a cabeça no travesseiro tudo vem como um turbilhão, um dilúvio... me culpando, me diminuindo, me envergonhando. Me sinto mal, um fracasso. Nem pensar em coisas boas ajuda, parece que todo o sentimento ruim nessa hora toma conta e sozinho não consigo fazê-lo ir embora.
Obtive muito sucesso em minha vida pessoal. Tenho uma família que me apóia incondicionalmente, amigos que são melhores do que poderia imaginar, alguém com quem quero dividir o resto da minha vida. Me relaciono bem com as pessoas, gosto de conhecer gente nova e as pessoas parecem gostar de me conhecer também. Todos sempre falaram da minha alegria, do meu humor, de como eu sempre empolguei as pessoas. A verdade é que sempre mantive o sorriso no rosto, independente de tudo, de qualquer problema, quando encontro alguém quero sorrir, rir...
Acho que, na verdade, sou um irresponsável. Essa é apenas uma manifestação da minha irresponsabilidade, o desprendimento total de compromissos profissionais. Não cresci, não amadureci, não enxergo que tenho obrigações. Falei, um dia, que meu pai é uma criança, que ele não cresceu. E cá estou do mesmo jeito. Uma criança grande que não pode assumir responsabilidades.
O que mais me entristece nisso tudo é pensar que poderei perder alguém que é muito importante pra mim, alguém que tomou conta do meu coração com sua pureza, sua beleza, seu jeito de ser e viver. "Ninguém vive só de amor", já dizia alguém. Ninguém quer um nada ao lado...
E de nada adianta fazer promessas vazias. De nada adianta tentar me enganar mais uma vez. Palavras não são suficientes. Palavras apenas não expressam o amor, tampouco a dor.
Amanhã?
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