Filme bobinho

"Quando um grande amor é rejeitado, alguma coisa dentro do homem morre. E ele só tem a fugir, para onde ele possa amar outra vez."

Ouví isso num filme, daqueles bobinhos que passam de vez em sempre, da mesma personagem que classificou os relacionamentos em paixão, amor e grande amor. Tanto a frase quanto a classificação são bem interessantes, e dá até para encaixar tudo nessa classificação, e quase acreditar na frase.

Digo quase pois acredito que caiba uma alteração. Acho que o tempo nos fortalece, e mostra que somos capazes de muito mais do que apenas fugir. Na verdade, fugir é alimentar ainda mais o que, como disse a tal personagem, morreu. Fugir faz muito mais mal do que ficar, fugir é pior do que encarar, enxergar, abrir os olhos para a realidade. Fugir é fácil demais...

E de fugir eu entendo, pois fugi de uma vida, certa vez. E aquela vida foi realmente deixada pra trás junto com tudo o que não importava, mas também com o que importava. Foi fácil, e foi bom. Não houve, no meu caso, o que alimentar nessa fuga. Fui uma fuga de quilometros!
Se escolhesse ficar, talvez hoje tivesse uma vida diferente, talvez tivesse sido tudo muito mais fácil, mas com certeza não teria o prazer de viver o que vive depois, o que aprendi e o que conheci depois. E tudo isso é único!

E mais uma vez, caio num tema tão freqüente por aqui quanto meus sentimentos: escolhas. Nossas escolhas nos privam de muitas coisas, tantas quanto as novidades que elas trazem.